De acordo com o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a transformação digital no setor energético tem impulsionado o surgimento das chamadas “smart grids”, ou redes elétricas inteligentes. Essas tecnologias representam uma mudança significativa na maneira como a energia é gerada, distribuída e consumida, especialmente quando se trata da integração de fontes renováveis. Mas como elas funcionam? E como elas impulsionam a sustentabilidade no setor energético? Confira, nos próximos parágrafos.
O que são as smart grids e como funcionam?
As smart grids são sistemas que utilizam tecnologias da informação e comunicação para monitorar, controlar e gerenciar a produção e o consumo de energia elétrica em tempo real. Dessa forma, essas redes inteligentes possibilitam uma resposta mais rápida a falhas, a redução de perdas e o equilíbrio entre oferta e demanda energética. Tudo isso contribui para uma rede mais confiável, flexível e adaptável às novas exigências do mercado.
Segundo Fernando Trabach Filho, a principal vantagem das smart grids está na sua capacidade de se adaptar dinamicamente ao comportamento do consumidor e à geração descentralizada, como a energia solar e eólica. Pois, contando com sensores, softwares e dispositivos inteligentes, é possível otimizar o uso da energia e garantir uma distribuição que reduza desperdícios e promova um consumo mais consciente e eficaz.
A digitalização como uma aliada das fontes renováveis
A digitalização da rede elétrica é um fator determinante para a expansão das energias renováveis, conforme destaca o administrador de empresas Fernando Trabach Filho. Fontes como a solar e a eólica são intermitentes, ou seja, sua geração depende das condições climáticas. Nesse contexto, as smart grids desempenham um papel fundamental ao gerenciar em tempo real a variabilidade dessas fontes e ao garantir que a energia seja direcionada onde e quando for necessária.
Inclusive, com a digitalização, é possível prever a geração de energia renovável com maior precisão e ajustar o consumo automaticamente. O que facilita a tomada de decisões mais rápidas e eficientes, tanto por parte das concessionárias quanto dos consumidores, contribuindo para uma rede mais equilibrada e sustentável. Ademais, tecnologias como medidores inteligentes e softwares de análise permitem um controle mais preciso da demanda energética.
Os benefícios das smart grids para a sociedade e o meio ambiente
As smart grids não apenas otimizam a integração das fontes limpas, como também oferecem uma série de benefícios para a sociedade e o meio ambiente. Entre os principais impactos positivos, podemos destacar:
- Redução das emissões de gases de efeito estufa, ao favorecer o uso de fontes de energia menos poluentes.
- Melhoria na qualidade do serviço, com menos interrupções e falhas no fornecimento de energia.
- Empoderamento do consumidor, que passa a ter mais controle sobre seu consumo e pode até gerar sua própria energia.
- Estímulo à inovação e competitividade, com a criação de novos modelos de negócio e oportunidades no setor energético.
- Maior eficiência operacional, com redução de perdas técnicas e comerciais na distribuição.

Esses benefícios mostram como as smart grids são fundamentais para uma transição energética justa, eficiente e ambientalmente responsável. Desse modo, a combinação entre digitalização e sustentabilidade representa um avanço importante rumo a um futuro energético mais seguro e acessível para todos.
Quais são os desafios e perspectivas para a implementação das redes inteligentes?
Por fim, embora as vantagens sejam evidentes, a implementação das smart grids ainda enfrenta alguns desafios. Segundo Fernando Trabach Filho, um dos principais obstáculos é o alto custo inicial das tecnologias envolvidas, que exige investimentos relevantes por parte dos governos e das empresas do setor. Além disso, é necessário modernizar as infraestruturas existentes e capacitar os profissionais para operar e manter esses sistemas avançados.
Inclusive, a colaboração entre setor público e privado será essencial para acelerar a adoção das smart grids no Brasil. Uma vez que incentivos regulatórios, políticas públicas bem estruturadas e campanhas de conscientização podem ajudar a superar as barreiras atuais e viabilizar uma transição energética mais rápida e eficiente.
As smart grids impulsionando a transição energética
Em última análise, a combinação entre redes inteligentes e fontes renováveis está no centro da transição energética global. Conforme ressalta o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a flexibilidade e a inteligência proporcionadas pelas smart grids permitem não só uma integração mais eficiente das energias limpas, mas também uma transformação no modo como produzimos e consumimos eletricidade.
Aliás, a tendência é que as smart grids se tornem cada vez mais comuns nos próximos anos, impulsionando o crescimento das energias renováveis e contribuindo para a construção de cidades mais resilientes e inteligentes. A digitalização da rede elétrica é, portanto, uma ferramenta poderosa para garantir segurança energética e qualidade de vida às próximas gerações.
Autor: Grigory Chernov