De acordo com Ediney Jara de Oliveira, quem vende hoje precisa entender que as tendências de consumo globais muitas vezes nascem primeiro em um feed, para só depois aparecerem nas estatísticas oficiais. As redes sociais deixaram de ser apenas espaços de interação pessoal e se tornaram vitrine, canal de pesquisa, SAC, palco de lançamentos e termômetro de reputação em escala mundial.
Likes, comentários, vídeos curtos e reviews influenciam o que as pessoas desejam, como comparam preços e quais marcas colocam no carrinho. Se o objetivo é crescer e permanecer relevante, continue a leitura e entenda que acompanhar esse movimento deixou de ser opção.
Redes sociais como novo primeiro contato com a marca
Durante muito tempo, o consumidor conhecia uma marca pela vitrine física, pela propaganda na TV ou por indicação direta de amigos. Agora, o primeiro contato acontece com frequência em um vídeo curto, em um post patrocinado ou em um comentário em comunidade digital. No entendimento de Edinei Jara de Oliveira, isso muda a lógica da descoberta: o cliente forma impressões iniciais antes mesmo de entrar no site ou pisar na loja.
Esse primeiro encontro visual, rápido e altamente concorrencial exige clareza de mensagem e identidade consistente. Marcas que não conseguem comunicar em poucos segundos o que entregam, para quem e com qual proposta de valor tendem a perder espaço para concorrentes mais objetivos e criativos.
Influenciadores, comunidades digitais e prova social
Influenciadores e microinfluenciadores se tornaram personagens centrais na difusão de tendências de consumo globais. Vídeos de uso real, comparações entre produtos, relatos de experiências positivas ou negativas e tutoriais ajudam o público a decidir com mais confiança. Segundo Ediney Jara de Oliveira, essa prova social tem peso equivalente (ou superior) ao da propaganda tradicional, porque transmite sensação de proximidade e autenticidade.
Em paralelo, comunidades em torno de hobbies, estilos de vida, jogos, esportes ou causas sociais funcionam como filtros e curadores. Produtos aprovados nesses grupos ganham tração com rapidez, atravessando fronteiras geográficas e impactando a demanda em diferentes mercados ao mesmo tempo.

Conteúdo, dados e ajuste rápido de estratégia
As redes sociais também funcionam como laboratório permanente para marcas que sabem ouvir. Métricas de engajamento, volume de menções, comentários recorrentes e reações a lançamentos revelam, em tempo quase real, o que faz sentido para o público e o que precisa ser ajustado. Para Edinei Jara de Oliveira, essa capacidade de testar formatos, mensagens e ofertas com rapidez dá vantagem competitiva importante, sobretudo em setores de moda, beleza, tecnologia e entretenimento.
Campanhas podem ser refinadas enquanto ainda estão no ar, produtos podem ganhar versões atualizadas com base em feedback espontâneo e crises podem ser geridas com respostas ágeis, reduzindo danos de imagem. Redes sociais, nesse contexto, deixam de ser apenas canal de divulgação e passam a funcionar como sistema de monitoramento estratégico.
Globalização de tendências e adaptações locais
Um conteúdo postado em um país pode viralizar em outro continente em questão de horas, definindo cores, cortes de roupa, formatos de embalagem, gírias e até hábitos alimentares. Como sugere Ediney Jara de Oliveira, essa circulação veloz de referências cria um repertório global de consumo, porém não elimina as diferenças locais. Marcas que replicam campanhas de forma mecânica, sem considerar cultura, poder de compra e contexto regulatório de cada região, desperdiçam o potencial das redes.
Riscos, responsabilidade e construção de reputação
O mesmo ambiente que acelera tendências de consumo globais amplifica erros, promessas exageradas e práticas pouco éticas. Comentários negativos, denúncias de falta de transparência e relatos de experiências ruins podem ganhar escala em poucos minutos. Como resume Edinei Jara de Oliveira, isso exige postura responsável: coerência entre o que se comunica e o que se entrega, respeito a temas sensíveis e atenção às políticas das próprias plataformas.
Marcas que usam as redes apenas como megafone de vendas, sem disposição para ouvir, esclarecer dúvidas e corrigir rotas, tornam-se mais vulneráveis a crises de confiança. Já aquelas que tratam o espaço digital como ponto de encontro com o cliente, investem em atendimento de qualidade e respondem com sinceridade constroem reputação sólida, capaz de atravessar ciclos de modas e mudanças de algoritmo.
Autor: Grigory Chernov


