A engenharia de segurança aplicada ao setor público representa um instrumento essencial para a proteção da saúde dos servidores. De acordo com Ricardo Chimirri Candia, a implantação de programas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) em instituições públicas exige planejamento técnico, articulação entre setores e compromisso com a melhoria contínua. Em um cenário em que as exigências legais aumentam e os riscos laborais se diversificam, a adoção de uma abordagem estruturada é imprescindível.
Com base nos princípios da engenharia de segurança, os programas de SST devem ir além do cumprimento normativo. É necessário integrar a segurança ao cotidiano da administração pública, considerando as particularidades de cada órgão e os riscos específicos de suas atividades. Saiba mais sobre o assunto a seguir:
Diagnóstico e planejamento da engenharia de segurança no setor público
A primeira etapa para implantação de programas eficazes de SST em instituições públicas é o diagnóstico técnico das condições de trabalho. Isso envolve identificar os agentes de risco, físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, por meio de inspeções, entrevistas e análise documental. A engenharia de segurança aplica metodologias sistematizadas para avaliar o grau de exposição dos servidores e os potenciais impactos à sua saúde.

Com os dados em mãos, é possível estruturar um plano de ação com metas claras, prazos definidos e responsabilidades atribuídas. Esse planejamento deve prever medidas corretivas imediatas, como adequações físicas nos ambientes, e ações preventivas de longo prazo, como treinamentos e campanhas educativas. Conforme explica Ricardo Chimirri Candia, o planejamento técnico bem elaborado é a base para a efetividade do programa de SST, promovendo intervenções coerentes com os riscos identificados.
Capacitação dos servidores e cultura prevencionista
A qualificação dos servidores públicos é uma etapa estratégica na consolidação de uma cultura organizacional voltada à prevenção. Os treinamentos devem ser direcionados aos riscos reais do ambiente e adaptados à função de cada colaborador. É fundamental promover desde cursos básicos sobre ergonomia e uso de EPIs até capacitações específicas para funções de maior complexidade, como manutenção predial ou atendimento em saúde.
Além da capacitação técnica, o fortalecimento da cultura de prevenção exige comunicação interna eficiente, valorização da saúde ocupacional e reconhecimento de boas práticas. Como destaca Ricardo Chimirri Candia, transformar a cultura institucional demanda tempo e consistência, mas traz retornos significativos, como redução de afastamentos, aumento da produtividade e maior motivação dos servidores. O exemplo da liderança é um fator determinante para disseminar atitudes seguras em todos os níveis da organização.
Monitoramento, avaliação e melhoria contínua
A etapa de monitoramento permite acompanhar os resultados das ações implementadas e ajustar estratégias sempre que necessário. Indicadores como número de acidentes, taxas de afastamento por doença ocupacional, conformidade legal e percepção dos trabalhadores são ferramentas úteis para avaliar a eficácia do programa de SST. A engenharia de segurança fornece os instrumentos técnicos para esse controle, como auditorias internas, laudos periódicos e sistemas informatizados de gestão.
A melhoria contínua exige que os gestores públicos estejam comprometidos com a atualização dos processos e o aprimoramento das condições de trabalho. O uso de tecnologias, como softwares de gestão de SST e sensores para mapeamento ambiental, pode ampliar a capacidade de resposta da instituição. Segundo Ricardo Chimirri Candia, a gestão pública que prioriza a segurança dos seus servidores fortalece sua capacidade de entrega à sociedade, reforçando a legitimidade das políticas públicas.
Em conclusão, a engenharia de segurança aplicada ao setor público é um pilar indispensável para a construção de instituições mais eficientes, humanas e sustentáveis. Como aponta Ricardo Chimirri Candia, investir em segurança do trabalho é investir na qualidade do serviço público, na valorização do trabalhador e na sustentabilidade da gestão. Essa visão integrada, que alia conhecimento técnico e compromisso institucional, deve orientar o futuro das políticas de saúde e segurança nas esferas públicas.
Autor: Grigory Chernov