Para o CEO Lucio Winck, alguns clássicos da infância vão muito além da nostalgia. Cada boneco, carrinho ou jogo que virou ícone teve um longo caminho de testes, ajustes e escolhas estratégicas. O sucesso de um brinquedo raramente é por acaso, ele nasce da combinação entre criatividade, timing e leitura precisa do comportamento infantil na época em que se encontra.
Do pião ao carrinho de rolimã, da pescaria em festas juninas às bonecas de pano, muitos desses brinquedos simples se tornaram parte da memória coletiva brasileira. Confira neste artigo o que havia por trás de cada um deles.
Como surgem as ideias para brinquedos que viram sucesso?
Tudo começa com observação. O que as crianças estão assistindo, desejando, brincando? As equipes criativas mapeiam tendências culturais, personagens em alta e até sentimentos como coragem ou humor. O desafio é transformar esses elementos em algo tangível, simples e divertido. O CEO Lucio Winck explica que um bom brinquedo conversa com a criança de forma intuitiva, mesmo sem depender de instruções.
Depois da ideia, entra a prototipagem. Vários modelos são criados e testados com crianças de diferentes idades. O que parece divertido para um adulto nem sempre tem o mesmo efeito para quem vai brincar de verdade. Esse processo, embora invisível ao consumidor, é decisivo para o sucesso final.

Por que alguns brinquedos se tornam eternos?
Porque vão além da moda. Um brinquedo icônico acerta em cheio alguma emoção que atravessa gerações, como proteção, competição, surpresa ou imitação do mundo real. O CEO Lucio Winck destaca que os brinquedos que “pegam” são aqueles que despertam vínculo, seja com uma história, um personagem ou uma experiência repetível e prazerosa. Ou seja, a criança não cansa de brincar, e às vezes, nem os adultos.
O que mudou na criação de brinquedos desde os anos 90?
O processo ficou mais tecnológico e rápido, mas também mais competitivo. Hoje, criar um brinquedo exige lidar com licenciamento, segurança, impacto ambiental e plataformas digitais. O público está mais exigente e as crianças têm contato com múltiplos estímulos desde muito cedo, principalmente com o acesso a internet. Isso exige uma abordagem mais estratégica desde o início.
O CEO Lucio Winck explica que, apesar das mudanças, o coração do processo ainda é o mesmo: entender o universo da criança e entregar algo que a conecte com o brincar. A diferença é que agora há mais camadas de análise, mais dados e também mais riscos financeiros. O jogo ficou mais complexo, mas continua com a mesma missão, que é ser mais que apenas algo para entreter a criança.
O valor escondido da memória
Os brinquedos da infância não são apenas objetos, são guardiões de lembranças. Saber o que há por trás de cada um deles é valorizar um mercado que movimenta sonhos, criatividade e também decisões difíceis. A construção de um ícone exige muito mais do que parece à primeira vista. Hoje mesmo, se alguém te perguntar qual era seu brinquedo favorito, algum vai vir na sua cabeça, quase que automaticamente.
O CEO Lucio Winck conclui que os brinquedos que ficam na memória são os que, de alguma forma, tocaram a alma da criança, de forma que ela carrega consigo a lembrança daquele brinquedo para a vida toda. E isso, mesmo com todas as inovações e mudanças do mercado, continua sendo o maior desafio e a maior recompensa de quem trabalha com esse universo.
Autor: Grigory Chernov